7.17.2012

Nova campanha do UNODC salienta que crime organizado transnacional é um negócio que gera 870 bilhões de dólares anuais





O UNODC lançou hoje uma nova campanha global de conscencialização que chama a atenção para o tamanho e os custos do crime organizado transnacional. Analisando esta ameaça multimilionária para a paz, a segurança humana e a prosperidade, a campanha reflete os custos econômicos e sociais de dito problema internacional por meio de um novo anúncio de serviço público e fichas técnicas específicas, direcionadas aos meios de comunicação.

Com lucros estimados em 870 bilhões de dólares ao ano, as redes do crime organizado aproveitam-se da venda de mercadorias ilegais onde quer que exista procura. Estas imensas receitas equivalem a mais de seis vezes o montante disponível para a assistência oficial para o desenvolvimento e são comparáveis a 1,5% do PIB mundial ou a 7% das exportações mundiais de mercadorias.

Disponível em www.unodc.org/toc, a campanha está a ser veiculada através de canais online e emissoras internacionais e busca consciencializar o público sobre os custos económicos e o impacto social desta ameaça. Abordando temas como o tráfico de pessoas, o contrabando de migrantes, as falsificações, as drogas ilícitas, os crimes contra o meio ambiente e as armas ilegais, a campanha oferece uma análise detalhada dos principais crimes e contravenções atuais.

Com custo estimado em 320 bilhões de dólares, o tráfico de drogas é o negócio ilícito mais lucrativo para os criminosos. O tráfico de pessoas gera, anualmente, cerca de 32 bilhões de dólares, e outras estimativas indicam que os benefícios globais do contrabando de migrantes alcançam 7 bilhões de dólares por ano. O meio ambiente também é explorado: o tráfico de madeira gera lucros de 3,5 bilhões de dólares por ano, somente no Sudeste Asiático, enquanto que o marfim de elefantes, os chifres de rinocerontes e algumas partes de tigres que vêm da África e da Ásia geram cerca de 75 milhões de dólares por ano. Com lucros anuais estimados em 250 bilhões de dólares, a falsificação é também um negócio muito lucrativo para os grupos de crime organizado.

Além desses números, o custo humano associado ao crime organizado transnacional é um tema de grande preocupação, já que todos os anos inúmeras vidas são perdidas. A violência e os problemas de saúde associados às drogas, as mortes por armas de fogo e a falta de escrúpulos dos traficantes de seres humanos e dos contrabandistas de migrantes fazem parte de toda esta realidade. Cada ano, milhões de pessoas são afetadas em consequência do crime organizado, entre as quais se contam as vítimas do tráfico de pessoas que são estimadas em 2.4 milhões a cada momento.

A campanha liderada pelo UNODC também mostra que, apesar de ser uma ameaça global, os efeitos do crime organizado transnacional são percebidos a nível local. Os grupos criminosos podem desestabilizar países e regiões inteiras, minando a assistência ao desenvolvimento em determinadas áreas e aumentando a corrupção interna, a extorsão, a associação ilícita e a violência.

“O crime organizado transnacional está presente em todas as regiões e em todos os países do mundo. Deter esta ameaça transnacional representa um dos maiores desafios a nível global para a comunidade internacional”, disse o diretor executivo do UNODC, Yury Fedotov. “A nossa capacidade para consciencializar a sociedade e propiciar um melhor entendimento entre os decisores e aqueles que elaboram políticas-chave são essenciais para o nosso sucesso. Espero que os meios de comunicação divulguem a campanha do UNODC para dar a conhecer exatamente como os criminosos enfraquecem as sociedades e provocam dor e sofrimento tanto aos indivíduos quanto às comunidades”, acrescentou.

A campanha procura evidenciar que, em última instância, existe sempre alguém a sofrer e que há sempre uma vítima. O dinheiro, por exemplo, é lavado por meio de sistemas bancários, minando o comércio internacional legítimo. As pessoas são vítimas de roubo de identidade, com 1,5 milhão de pessoas sendo enganado cada ano. Grupos criminosos traficam mulheres para explorá-las sexualmente, além de crianças com o objetivo de forçá-las a pedir esmola, assaltar, roubar e furtar carteiras. Medicamentos e alimentos falsificados entram no mercado legal e não apenas enganam o consumidor, mas também colocam em risco sua vida e saúde.


A campanha multilíngue consiste em dois Anúncios de Serviço Público de 30 e 60 segundos, um conjunto de posters, uma série de fichas informativas e diversos banners para a internet. Todos os materiais estão disponíveis no site da campanha - www.unodc.org/toc.

A campanha também está programa para as mídias sociais por meio do Twitter (@unodc; #TOC), Facebook (facebook.com/unodc) e Google+ (plus.ly/unodc).

Fonte: Comunicado de Imprensa, 12 de Julho 2012, UNODC

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