4.16.2011

Sete detidos por imigração ilegal e tráfico de pessoas

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou a 12 de Abril que deteve sete suspeitos de associação e auxílio à imigração ilegal, de tráfico de pessoas, lenocínio e falsificação de documentos em Lisboa.

Estas detenções surgem no seguimento de uma operação avançada pelo SEF, com vista ao cumprimento de dez mandados judiciais na área de Lisboa, para a detenção de sete suspeitos e buscas a três domicílios.

«A operação teve como objectivo desmantelar uma organização criminosa, de natureza internacional e transnacional, que se dedicava ao negócio da exploração sexual de mulheres estrangeiras em situação de entrada, trânsito e permanência ilegais em território nacional, aliciadas com falsas promessas de uma vida melhor e traficadas desde o país de origem até Portugal, e daqui para outros Estados Membros da União Europeia», explica o SEF em comunicado.

Segundo o SEF, «os traficantes procediam à apreensão de documentos, dinheiro e à comunicação do montante das alegadas dívidas que [as vítimas] tinham de pagar, de modo a garantir o controlo e a submissão deste tipo de vítimas, colocando-as em apartamentos ou casas particulares, com contacto de telemóvel para angariar clientes».

O SEF apreendeu objectos e artigos de índole sexual, documentos de identificação e viagem de terceiros (originais e cópias), comprovativos de passagens aéreas e terrestres de e para vários países europeus, numerário e ainda comprovativos de movimentos bancários efectuados em contas dos detidos.

Além dos sete detidos, «foi também constituído mais um arguido e foram identificadas e inquiridas um total de 11 testemunhas relacionadas com a matéria da investigação».

Os detidos foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva a um dos detidos e aos restantes as medidas de coação de apresentações duas vezes por semana no SEF, bem como a proibição de contactos entre os intervenientes nos autos.

A investigação prossegue sob a coordenação do Ministério Público - Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, avança o SEF.

Fonte: Lusa/Sol

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