7.27.2010

Criança de 11 anos era escrava doméstica

O tráfico de pessoas para a "servidão doméstica" preocupa as autoridades, nacionais e internacionais. É mais invisível do que no caso da exploração sexual ou laboral e as vítimas estão ainda mais vulneráveis. Já este ano, foi detectada em Portugal uma menina moçambicana, de 11 anos, que vivia em regime de escravatura. É um exemplo da nova face do tráfico de seres humanos, que substitui a violência pelo controlo psicológico e tem como alvo os menores.
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"É uma nova realidade e é importante chamar a atenção para essa situação. Fala-se muito em exploração sexual, porque é o mais visível - os casos que encontrámos foram na prostituição e em bares - enquanto que as vítimas de servidão doméstica passam 24 horas fechadas e nem os vizinhos se apercebem", explica Joana Wrabetz, presidente do OTSH.
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Em muitos casos, as vítimas são "recrutadas" ainda menores nos meios pobres e iletrados. Victoria Dochitcu, dirigente da organização internacional de apoio às vítimas de tráfico humano Lastrada, explica que as redes estão a mudar a forma e o alvo de recrutamento. E estão a dirigir-se aos menores que são mais vulneráveis que os adultos.
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Fonte: Diário de Noticias 6 de Julho de 2010

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